quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Prometeu

Soldado/poeta, Ésquilo combate em duas das mais importantes batalhas do seu tempo e quando regressa a casa vira um dos primeiros dramaturgos, cénico foi o "pai" de sons e imagens do teatro.




O mito de Prometeu aparece, pela primeira vez, em Hesíodo. Ésquilo retomou-o com algumas inovações. Prometeu um dia ludibriou Zeus, o qual, como castigo, privou os homens do fogo. Servindo-se de novo ardil, Prometeu roubou mais tarde o fogo, ao que Zeus respondeu agrilhoando o Titã e condenando-o a suportar os ataques de uma águia que lhe devora o fígado. Aos mortais deu como castigo a primeira mulher - Pandora. Ao servir-se do mito de Prometeu, Ésquilo quis, uma vez mais, mostrar que até os deuses devem ser moderados, sem nunca ultrapassarem as limitações do seu poder. Prometeu é o último rebelde, que ensinará a Zeus que a paz só se alcança através da justiça e da persuasão. Só quando Zeus modera a sua ira e perdoa ao Titã, a quem injustamente tinha infligido um castigo tão severo, é que se estabelece sobre deuses e homens um governo pacífico. Símbolo dos mais diversos ideais, ao longo dos séculos, este Prometeu de Ésquilo faz parte de uma das mais curiosas e polémicas trilogias que o mundo grego nos legou.
Prometeu Agrilhoado de Ésquilo

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