quinta-feira, 30 de junho de 2016

Prometo

Epah, o próximo que seja "Prometo não escrever mais livros", vá lá, a sério, vá lá...

terça-feira, 14 de junho de 2016

Verde e azul

Apanhei sol enquanto contemplava uma serrania com névoa, mergulhei em piscinas com água salgada, percorri serras, levei o Torgal com rédea curta, mas se quer comer é ele quem manda e encosta-mos à beira da estrada, o que consigo é pó-lo a mastigar e a andar, a subir a mesma serra apanhei com sol, vento, frio e um calor reconfortante. Vi um convento abandonado com uma vista sobranceira sobre a vila e o oceano simplesmente magnifica e verde por onde olhá-se, pintada com uns brancos, vermelhos e lilás.
Vi  pegadas, num monte, de dinossauro, desci a escadaria e passar por pedras até tocar na  areia e ir até ao oceano, decidi correr a escadaria acima e fiz um quinto do caminho a correr e o resto a andar e a achar que não tinha sido assim tão boa ideia. Todos os dias contemplava a serra e as suas habitações de manhã enquanto mergulhava. Adorei conduzir por entre muros e cercado de árvores, muitas árvores, cada dia gostei mais, cada dia conhecia melhora as curvas e árvores e papoilas que apesar de cor amarela tinham o seu encanto, tive pena de saber pouco de botânica para poder apreciar melhor o que via e compreender o que via.
Comecei na cota 0 com tempo nublado e cheguei na cota 450 com cacimba que quando vinha o vento parecia chuva, corri ainda mais calçada acima, calçada abaixo, visitando castelo de mouros que a floresta engoliu e muros, muros com árvores e um palácio que parece tirado dos filmes das princesas, até os cavalos têm penteados condignos. 

Figura proeminente do Alto do Seixalinho


Todos os dias lá está*1, aos anos que me habituei a vê-lo da rua, ele a ver quem passa, sempre olhando na direcção dos semáforos, sempre focado.

Durante um mês ficou desaparecido da minha vista, apareceu depois na casa ao lado, folguei em saber que iria continuar a vê-lo ali, gosto de olhar para a esquerda quando venho do trabalho e procurar o ar sábio e contemplativo daquele ser, ou então aguarda que algo ou alguém venha por dali, mas mantém-se estóico até um dia, espero que esse dia demore, pois transmite-me serenidade e contemplação.





*1 acredito que as poucas vezes que não o vi, devia ser por estar com assuntos mais importantes entre patas